segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Carlos Lupi revela a Brizola Neto os cinco nomes do PDT para comandar o Ministério do Trabalho


  
  Divulgado o novo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro — que irá representar o PP na Esplanada dos Ministérios –, Dilma Rousseff deve começar a fechar esta semana os seus escolhidos no PDT e no PR.

  A princípio, o PDT deve continuar com o comando do Ministério do Trabalho, pasta antes ocupada pelo presidente licenciado do partido, Carlos Lupi.

  Sob o fogo cruzado de denúncias, Lupi deixou o governo e reassumiu o comando do partido — também em meio a uma crise, especialmente com a ala fluminense da legenda, tendo à frente o deputado federal Brizola Neto.

  Os dois conversaram na quinta-feira. Segundo Brizola Neto relata em entrevista ao Poder Online, parece que começaram a se entender.

  Tanto que Lupi revelou ao correligionário-adversário a lista de nomes para ministro que chegou a discutir com a presidenta Dilma Rousseff.

  São eles: o próprio Brizola Neto; o recém-eleito líder na Câmara, André Figueiredo (CE); o deputado federal Vieira da Cunha (RS); o secretário-geral do PDT, Manoel Dias; e o líder no Senado, Acir Gurgacz (RO).

  Mas Brizola Neto admite que nenhum desses nomes unirá o PDT por si só. Segundo ele, antes o partido precisa de um pacto de unidade interna.

  Poder Online –  O senhor protagonizou um racha no PDT contra o ex-ministro Carlos Lupi. Mas ele voltou a presidir o partido. Qual sua expectativa agora?

  Brizola Neto – Nós protestamos foi com relação aos mecanismos de organização e de decisões dentro do partido. Nada pessoal. Tanto que nos solidarizamos a ele em relação às denúncias contra sua gestão no Ministério.  Acreditamos terem partido de setores atrasados da sociedade. Agora, do ponto de vista do futuro imediato, havia duas questões a serem resolvidas: a escolha do líder na Câmara e a definição do novo ministro do PDT. O líder já foi escolhido. É o André Figueiredo. Então só falta a questão do Ministério.

  Poder Online –  Pois é. Parece que o Lupi saiu ganhando na votação do líder.

  Brizola Neto – A princípio, sim. Mas também houve uma conjunção de interesses. O André é ligado a ele, mas recebeu os votos, por exemplo, dos deputados Reguffe (DF) e Miro Teixeira (RJ) que não são alinhados com o Lupi, são independentes.

  Poder Online –  Mas ele também ganhou força na medida em que reassumiu a presidência do PDT.

 Brizola Neto – O Lupi tinha se licenciado por um ato pessoal. Então, do ponto de vista formal, reconheço que sua volta também dependia apenas de um ato pessoal. E foi o que houve. O que eu argumentei é que, para ter mais legitimidade, ele deveria ter discutido esse seu retorno, dentro do partido, de uma forma mais aprofundada e democrática.

  Poder Online –  E agora? O Lupi tem legitimidade como presidente do PDT?

  Brizola Neto – Tudo depende de como será a gestão daqui para a frente. Se vai haver uma democratização da organização e das decisões partidárias.

  Poder Online –  E vai haver?

  Brizola Neto – Olha, eu diria que o Lupi parece disposto a mudar a forma de se relacionar. Eu e ele tivemos uma reunião na quinta-feira em que começamos a discutir isso.

  Poder Online –  Então vocês estão se entendendo?

  Brizola Neto – Eu não sou obstáculo ao entendimento. A conversa foi boa.

  Poder Online –  Falaram de ministérios? Nomes?

  Brizola Neto – Ele relatou que, no domingo que antecedeu a sua saída do Ministério, teve uma conversa informal com a presidenta Dilma Rousseff. E que, ali, ela perguntou sobre nomes do partido. E o próprio Lupi citou cinco, acrescentando que não há vetos a qualquer um desses.

  Poder Online –  E quais foram os nomes citados?

  Brizola Neto – O André Figueiredo, o Vieira da Cunha, o Manoel Dias, o Acir Gurgacz e eu.

  Poder Online –  E, entre vocês cinco, qual o nome que une o partido?

  Brizola Neto – Sinceramente, neste momento não dá para dizer. É evidente que o partido viveu uma crise. Não só pelas denúncias contra o Lupi quando ministro, como por toda essa discussão acerca da falta de democracia interna. Então, mais importante do que o nome, o PDT precisa construir um pacto de unidade interna. Sem esse pacto, nenhum dos nomes unirá o partido.

Poder Online


Fonte: BLOG DO LOBO

http://blogdolobo.com.br/



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